Scientific Specialties “multiplica milhões” com a automação SEPRO.

A empresa SSI possui três células de automação para fabricar pontas de pipeta, produzidas totalmente com máquinas de injeção Arburg. Desenvolvidos pela Sepro America, os sistemas de automação são projetados para obter um nível ideal de moldagem e para prevenir qualquer tipo de contaminação DNA.     Sediada em Lodi, no estado da Califórnia, a empresa americana Scientific Specialties Inc. (SSI) fabrica “produtos de duráveis e consumíveis de plástico, moldados por injeção e destinados aos laboratórios de pesquisa em ciências da vida”. Mais especificamente, a SSI é um dos líderes mundiais no fornecimento de tubos, pontas de pipeta, placas e outros produtos utilizados para extração de DNA. Uma técnica vista com muita frequência na televisão e nos laboratórios da polícia científica, mas que muitas vezes é executada de maneira automatizada e ultra-rápida. É por isso que a SSI fabrica muitas pontas de pipeta: são milhões por semana! A SSI fabrica milhões de pontas de pipeta para extração automatizada de DNA. Essas pontas são colocadas em racks de acondicionamento de 96 unidades que são empilhados e guardados, podendo ser acessados de maneira simples. Uma das chaves para este sucesso são os robôs numéricos e a automação periférica fornecidos pela Sepro America.  

  ”Nós utilizamos os moldes para pontas de pipeta que contém até 32 cavidades, em ciclos ultrarrápidos de 8 segundos, afirma Anthony McCracken, diretor de operações da empresa. Em outras palavras, cada molde produz mais de 250 mil pontas de pipeta por dia, e em toda a empresa, milhões de peças são fabricadas diariamente.”

 

Uma das chaves desse sucesso?

A automação através dos robôs numéricos e os sistemas periféricos fornecidos pela Sepro America.

”O modo como utilizamos a automação é um pouco diferente do que faz a maioria dos fabricantes de plástico, afirma M.McCracken. Nossos clientes trabalham com testes de DNA, é portanto absolutamente fundamental que os nossos produtos não sejam de forma alguma contaminados. Se houver intervenção humana, existe o risco de contaminação de DNA. E mesmo que os robôs não saibam o que seja cansaço ou intervalo, o que favorece o aumento da produção, o verdadeiro desafio da SSI é manter uma barreira entre máquinas e operadores. Nesse aspecto, os robôs Sepro corresponderam perfeitamente.”

 

Bem mais que uma simples operação de depósito

A SSI possui três células de automação para fabricar pontas de pipeta. A operação completa, até a embalagem, é feita junto à uma máquina de injeção Arburg. Os robôs de 3 eixos Sepro S5-15, indicados para aplicações rápidas e complexas, foram os primeiros a serem instalados. Há cerca de dois anos e meio, a Sepro desenvolveu o primeiro de três sistemas de automação pós-moldagem para utilização conjunta com os robôs da SSI já instalados. Especificamente, a operação consiste na retirada das pontas de pipeta pelas garras do robô. Uma vez que as pontas são capturadas por sua extremidade mais estreita, do lado oposto à base, e que devem ser colocadas invertidas sobre uma placa, a garra às orienta até um segundo dispositivo, posicionado fora da máquina. Esse dispositivo se inclina depois a 90º para posicionar as pontas, viradas ao contrário, em um terceiro dispositivo. Esse último as transporta para serem colocadas sobre os tubos de plástico, onde são guiadas com precisão até o rack de acondicionamento, no sentido correto. Cada placa contém 96 pontas. Uma programação numérica indexa os racks para receber três séries consecutivas de 32 pontas. Ao longo de toda a operação, uma câmera inspeciona automaticamente cada ponta de pipeta, para que qualquer peça com defeito possa ser sistematicamente retirada.

O segundo dispositivo se inclina então a 90º para depositar as pontas, viradas ao contrário, em um terceiro dispositivo que as posiciona sobre os tubos de plástico (conforme mostrado na foto),onde elas são guiadas com precisão até o rack correspondente, no sentido correto. Tudo isso sob a inspeção da câmera, para garantir um nível de qualidade impecável.    

   

Após retirar as pontas de pipeta do molde, a garra (no canto superior esquerdo da foto) orienta as pontas até um segundo dispositivo, fora da área de moldagem.  

  Uma das três células funciona de maneira um pouco diferente das outras duas, pois não ocorre a transferência intermediária das pontas de pipeta entre a garra e o mecanismo que as transporta até os tubos de distribuição. Como essa célula produz pontas menores que as outras, foi possível projetar tubos de distribuição de forma que as pontas pudessem ser viradas durante o trajeto para se posicionarem do lado certo sobre as placas. Todas essas células de automação foram montadas na fábrica da Sepro America em Pittsburgh e rigorosamente testadas antes de serem enviadas para a SSI na Califórnia. M. McCracken afirma ter encomendado uma nova célula, dotada de outras funcionalidades, para que a alteração do molde possa ser feita de maneira mais rápida. A SSI fabrica pontas de pipeta de diferentes tamanhos. Para uma produção ainda mais flexível, a empresa espera que o tempo gasto na alteração do molde passe “de muitas para poucas horas, ou menos ainda”. A entrega dessa célula está prevista para outubro.

”Várias empresas oferecem robôs cartesianos”, acrescenta M. McCracken. “Mas a solução completa da Sepro é muito mais vantajosa. Por exemplo, a célula inteira pode ser controlada com o mesmo monitor de comando. Sem contar que, com apenas um sistema de comando, apenas um software e apenas uma metodologia, o nosso pessoal não precisa ser treinado em vários sistemas diferentes. Além disso, em caso de problemas – se alguém disser que eles não ocorrem, é porque essa pessoa não utiliza sistemas automatizados – estamos sempre certos de que podemos contar com a Sepro.”

Ao todo, a SSI possui doze robôs Sepro, nove deles instalados em máquinas sem automação periférica ou onde a automação foi desenvolvida internamente. A empresa utiliza um total de 46 máquinas Arburg e 3 máquinas Negri Bossi, de 50 a 220 toneladas. “Atualmente, a Sepro é o único fornecedor de sistemas automatizados com o qual trabalhamos”, observa M. McCracken. “Os robôs Sepro foram instalados em diferentes máquinas, 3 delas são de bi-injeção ou multicomponentes, como a Arburg prefere chamá-las.”

Uma história americana de successo

A empresa SSI foi fundada em 1990 por K.R. Hovatter, Ph.D., e por sua esposa, Robbie. Todos os produtos da SSI são fabricados nos Estados Unidos, na planta de Lodi, na Califórnia, e são vendidos por distribuidores para instituições médicas e de pesquisa em todo o mundo. Mais de 40% dos seus negócios são ligados à exportação para dezenas de países ao redor do mundo. Existe bastante concorrência no mercado, com empresas americanas e europeias oferecendo produtos similares. Porém, apesar dessa concorrência, o mercado também é muito seletivo. É por isso que consistência e a qualidade são fatores primordiais. E para M. McCracken, esse é o verdadeiro trunfo. Há alguns anos, a SSI pensou em levar a sua fabricação para países onde os custos de mão-de-obra fossem menores. Porém, essa ideia foi abandonada rapidamente.

“Por várias vezes, vimos empresas tentarem obter condições mais vantajosas em outros países, como a China. Porém, nessa indústria, a qualidade é mais importante do que os custos de mão-de-obra”, afirma ele. “Além disso, escolhemos investir em automação, o que nos permite ser competitivos e ainda continuar sendo uma empresa 100% americana, oferecendo produtos com nível de qualidade muito elevado”.